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Geografia pesquisa em parceria com Peter Rosset, referência mundial em Agroecologia

Data de publicação: 9 de agosto de 2017. Categoria: Sem categoria

Uma experiência de massificação da Agroecologia no Estado do Ceará é o foco de pesquisa que vem sendo elaborada no Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Ceará em parceria com o pesquisador Peter Rosset, do El Colegio de la Frontera Sur (ECOSUR), em San Cristóbal, México.

Referência mundial na pesquisa em Agroecologia, Rosset, com o Prof. Amaro Alencar, do Curso de Geografia, objetivam investigar as iniciativas de produção agroecológica no Assentamento da Reforma Agrária Santana, no município de Monsenhor Tabosa.

Assessor da organização internacional Via Campesina, Rosset trabalha no acompanhamento dos processos de Agroecologia na América, Ásia, África e Europa. Aqui no Ceará, o pesquisador, além de analisar as atividades do Assentamento Santana, promoverá formações aos assentados, nas quais será abordada a metodologia de camponês a camponês.

Pela primeira vez aplicada no Ceará, a metodologia consiste no intercâmbio e compartilhamento de conhecimentos entre os próprios agricultores. “Vamos ter aqui no Ceará, durante um ano, uma pessoa que é referência e participou de um projeto metodológico que se pauta no conhecimento horizontal. Uma coisa fundamental a que o Prof. Peter se dedica é a educação, como você pegar a escola e ter um processo de aprendizagem vinculado a essa Agroecologia que mantém o jovem no campo”, destaca o Prof. Amaro Alencar.

Como detalha Rosset, a ideia é realizar cursos breves sobre Agroecologia nas escolas de ensino médio e fundamental para um público de professores e integrantes de movimentos sociais da região. Uma das contempladas será a Escola de Ensino Médio Florestan Fernandes, que fica no Assentamento Santana.

“Temos um problema grave no campo, no Brasil e no mundo todo, que é a saída da juventude do campo para a cidade. Nesse sentido, é muito importante a escola de educação do campo, pois precisamos, como sociedade, que alguém fique no campo. Se o campo não planta, a cidade não janta, portanto estamos apostando na juventude. Já fizemos visitas, e as formações iniciam em janeiro de 2018”, comenta.

“Além da proposta de socialização das boas práticas em Agroecologia, a pesquisa vai atentar para o uso da água e a convivência com o semiárido”, afirma Rosset.

“Acho que no semiárido a Agroecologia é a principal alternativa, pois a produção agroecológica pode ser feita com até 10% da água que você precisa para uma produção convencional. O agronegócio já fez muito deserto verde de soja e cana em outras regiões do Brasil e agora está chegando ao Nordeste. Então, para não cairmos no mesmo erro, precisamos utilizar as práticas agroecológicas com muito menos água e sem causar danos ao solo”, complementa.

Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional da UFC – fone: 85 3366 7331

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